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Cotação do petróleo na Europa subiu 10% em 2022 face ao ano passado

Guerra da Ucrânia e queda de procura na China irão influenciar preço do crude em 2023
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Refinaria de petróleo Saudi Aramco (Foto: Aramco Media Press Center)
Refinaria de petróleo Saudi Aramco (Foto: Aramco Media Press Center)

A crise energética provocada em grande parte pela Guerra na Ucrânia, após a invasão Russa e consequentes sanções ao fornecimento de petróleo russo, não parece ter afetado grandemente a cotação do crude, que termina o ano com importante ganho de 10% face a 2021.

Enquanto isto, por cá, em Portugal teremos o início do ano com novo aumento no preço dos combustíveis.

De acordo com a Reuters o petróleo Brent (Europa) terminou 2022 com um segundo ganho anual consecutivo da ordem dos 10% e nos Estados Unidos o petróleo (WTI) com um ganho anual de 7%.

No pico da crise na Ucrânia o petróleo Brent chegou a 139,13 dólares por barril, batendo valores de 2008, mas os preços foram caindo e ontem a sessão de Brent encerrou a 85,91 dólares por barril e nos Estados Unidos o crude WTI fechou a 80,26 dólares por barril (dados OilPrice).

Depois da escassez de oferta os mercados organizaram-se, mas para 2023 há o receio da manutenção e imprevisibilidade de escalada na Guerra da Ucrânia, bem como perceber os verdadeiros impactos de uma potencial nova vaga da Covid-19 na China que poderá arrefecer a procura. A tudo isto junta-se uma inflação mundial galopante com subidas de taxa de juro um pouco por todo o lado.

"O próximo ano será outro ano de incerteza, com muita volatilidade." - disse Ewa Manthey, analista do ING, citada pela Reuters.

Em 2021 na Europa o Brent subiu 50% e nos EUA a cotação subiu 55%, mas o mundo despertava da Covid-19 e da menor procura de combustível em 2019.

Para o próximo ano um painel de 30 analistas ouvidos pela Reuters referem que o preço do petróleo poderá ficar em média a 89,37 dólares por barril. Alguns pontos apontados por economistas referem que terá de se ter em atenção o aumento da taxa de juros para combater a inflação e um provável aumento do desemprego nas grandes economias mundiais, como os Estados Unidos.

Mas a volatilidade e incerteza são claramente os pontos a reter para 2023. Se a China recuperar e controlar a Covid-19 haverá novo aumento na procura de petróleo… e o preço irá subir.

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