O mercado automóvel português teima em atrasar na retoma após a crise da Covid-19. De janeiro a setembro de 2022 as matrículas de veículos novos caíram, em acumulado, 34,7% face ao período homólogo de 2019.
Os elétricos e híbridos correm em contra-ciclo e já representam 39,7% do mercado (dados ACAP)
De acordo com dados oficiais da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), o mercado total até apresentou apenas uma descida de 1,3% e, mais importante, no que respeita apenas aos veículos ligeiros até se registou um aumento de 1,1 por cento face a 2021.
No entanto, a ACAP salienta que é bom recordar que os anos de 2020 e 2021 foram largamente influenciados pelos efeitos da pandemia e da crise dos semi-condutores.
Entre janeiro e setembro de 2022 foram matriculados 134.804 veículos novos pelos representantes legais de marca, com o mês de setembro a registar 14.711 novas matrículas de veículos automóveis.
Elétricos e híbridos em crescimento
Entre janeiro e setembro de 2022, 39,7% dos novos veículos matriculados eram movidos a energia elétrica, híbridos, plug-in híbridos ou GPL.
Os dados oficiais mostram que os veículos 100% elétricos representaram nos três primeiros trimestres do ano 10,7 por cento das novas matrículas. Os plug-in híbridos (com motor de combustão e gerador elétrico) tem uma quota de 9,9%, os híbridos 16,2% e as outras formas de energia (como o GPL) representam 2,8%.
O mercado é dominado por veículos a gasolina com 41,9%, mas os veículos com outras energias já representam 39,7%, um valor acima do que os veículos a gasóleo atingem até agora 18,4%.