O Metro de Lisboa foi assolado por várias greves ao longo deste ano, mas no próximo dia 25 de novembro será assinado um acordo entre a administração da empresa e o sindicato representativo dos trabalhadores que se poderá traduzir em boas notícias para os utentes. Com este acordo a esperança dos milhares de utentes passa seguramente por existirem menos greves em 2023.
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) reconhece que as negociações ficaram “muito afastadas dos objetivos propostos”, no entanto, a mais recente proposta da administração do Metropolitano de Lisboa foi aprovada por “uma larga maioria dos trabalhadores”, em dois plenários.
Assim, apesar das limitações, este novo acordo prevê a prorrogação de dois anos de vigência do Acordo de Empresa, até 31 de dezembro de 2026 e o compromisso de atualização dos salários de 2023 logo após a publicação do Orçamento de Estado. Isto não impede a manutenção das negociações tendo em vista um acordo global, acrescentam os sindicatos.
A empresa incluiu ainda a questão da idade de reforma e a manutenção do direito ao transporte, através da criação de um novo perfil no passe do trabalhador extensivo à Carris Metropolitana, Carris e Transtejo/Soflusa.
Além disso, é acrescentado na nota divulgada pela FECTRANS, serão repostos os quilómetros retirados aos maquinistas em janeiro de 2022, com efeitos a partir dessa altura, sendo que “a sua aplicação terá o pagamento total do nível em que o trabalhador estiver”.
É por isso de acalentar alguma esperança pela redução do número de greves no próximo ano. Mas os sindicatos vão avisando: "temos que continuar unidos e determinados, para desde já começar a prensar no enorme desafio que temos pela frente e que está já tão perto…" - lê-se no final do comunicado.