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Fugas de gás no Nord Stream vão ter fortíssimo impacto ambiental

As emissões de gás podem ter consequências devastadoras para os ecossistemas e para a atmosfera
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Gasoduto Nord Stream (Foto: captura @forsvaretdk)
Gasoduto Nord Stream (Foto: captura @forsvaretdk)

As inexplicáveis fugas de gás que ocorrem no gasoduto russo Nord Stream no Mar Báltico estão a libertar consideráveis quantidades de emissões de gás com efeito de estufa, que podem ter consequências devastadoras em termos ambientais.

Neste momento todos os analistas consideram prematuro realizar quaisquer previsões de qual irá ser o verdadeiro impacto nos ecossistemas marinhos ou na atmosfera, porque as dúvidas sobre as causas não permitem antecipar cenários futuros sobre a extensão do problema.

Do que se sabe até ao momento ambos os gasodutos estavam inoperacionais no momento das alegadas explosões e consequentes fugas. Mas o problema é que no interior dos gasodutos existe sempre gás natural.

As fugas existentes até agora já atingem zonas marítimas da Suécia e da Dinamarca e foram as Forças Armadas (Forsvaret) desta última que primeiro partilharam imagens e vídeo.

O gás natural é largamente composto por metano (em mais de 70%) entre outras misturas de gases. E o problema é que o metano é um dos mais nocivos gases com efeito de estufa e classificado muita vez como o segundo mais perigoso numa lista encabeçada pelo dióxido de carbono.

Vários cientistas têm alertado para a necessidade de se evitar emissões de metano para a atmosfera face ao seu potencial destrutivo.

Qual é o maior problema da fuga de gás?

Neste momento não é possível avaliar a extensão da fuga (e qual a quantidade de metano), a velocidade com que o gás está a ser expelido, qual a quantidade que realmente está a ser expelida e não há previsões fidedignas sobre quanto tempo irá durar.

Talvez só a Gazprom, a empresa estatal russa que controla os gasodutos, possa responder a algumas questões, mas a Guerra na Ucrânia e as consequentes sanções europeias ao gás russo, poderão impossibilitar as respostas.

A Agência de Energia da Dinamarca (DEA) citada pela Euronews, referiu que neste momento é muito prematuro tirar quaisquer conclusões ou fazer projeções sobre o que possa vir a ocorrer porque ainda ninguém conseguiu chegar ao local das fugas para avaliar.

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