Exigência de aumentos por parte de trabalhadores de marcas de luxo? A crise económica que se instalou na Europa está a atingir em força vários setores de atividade e os seus respetivos trabalhadores começam a sentir na pele os efeitos inflação. Os da Ferrari não são exceção.
Os sindicatos italianos que representam os trabalhadores da Ferrari estão a exigir um aumento salarial de 8,4 por cento, com efeito a partir de janeiro de 2023, para compensar os efeitos da inflação que já se começam a sentir e que deverão ser ainda mais notórios a partir do início do próximo ano.
Com os combustíveis e muitos bens essenciais a subirem de preço de forma acentuada nos últimos meses, acompanhados do aumento das taxas de juros, os trabalhadores europeus começam a ver o seu poder de compra diminuído, o que implica uma maior pressão junto das entidades patronais no sentido de ajudarem a compensar os efeitos da crise.
Só em Itália, no espaço de um ano, entre os meses de setembro de 2021 e de 2022, os preços no consumidor tiveram um aumento de 8,9 por cento, avança a Reuters.
O pedido de aumentos salariais faz parte da proposta de um novo contrato de quatro anos que cinco sindicatos do setor metalúrgico estão a apresentar à maioria dos empregados da Ferrari, assim como da Stellantis, da Iveco e da CNH Industrial.
Em causa estão quase 70 mil trabalhadores em Itália, dois terços dos quais da antiga Fiat Chrysler Automobiles, que no ano passado se fundiu com os franceses da PSA para criar a Stellantis.