Esta semana, a atualidade tem sido dominada pelo tema dos aviões privados e do seu impacto ambiental. Uma viagem de 12 minutos de jato privado da empresária e estrela de reality show Kylie Jenner – uma das irmãs mais novas das famosas Kardashian – espoletou a controvérsia.
Na verdade, pouco mais de 10 minutos no ar podem provocar perto de uma tonelada de emissões de CO2. E Kylie Jenner faz vários voos curtos por semana.
Kylie Jenner está longe de ser a única pessoa a trocar uma viagem de automóvel por um curto voo. A irmã Kim Kardashian, o realizador Steven Spielberg e a apresentadora Oprah Winfrey surgem também a fazer viagens rápidas no Twitter Celebrity Jets que divulga informações sobre os voos em jato privado dos famosos.
Kylie Jenner's Jet Landed in Camarillo, California, US. Apx. flt. time 12 Mins. pic.twitter.com/6AVGqt9Ffb
— Celebrity Jets (@CelebJets) July 15, 2022
Se por um lado, isto mostra o quão comum é optar por voar mesmo em distâncias curtas, por outro, demonstra também que os eVTOL, aeronaves elétricas de decolagem e aterragem vertical, podem ser uma solução ambientalmente mais interessante para quem já não olha para as estradas como uma solução para deslocações.
Os eVTOL como a solução sustentável para voos curtos
Parece ainda coisa do futuro, mas a verdade é que há várias empresas a apostarem nos eVTOL e a acreditarem que serão a solução para a mobilidade.
Estas aeronaves têm várias vantagens. Deslocam-se rapidamente, muitas delas atingindo velocidades superiores a 120 km/h, como é o caso da proposta da Jetson ou da AutoFlight, não precisam de uma pista de aterragem, já que o fazem na vertical, e são elétricas, não tendo emissões de CO2 durante o voo.
A maior desvantagem será, talvez, o preço. O Aska, por exemplo, um eVTOL que pode também ser conduzido em estrada como um automóvel normal, custa perto de 700 mil euros. Está muito longe de ser uma solução para as massas.
Mas da mesma forma que há empresas a desenvolver aeronaves eVTOL para venda, há também quem queira criar um sistema de táxis aéreos que funcione quase como a Uber ou a Bolt. A diferença é que se chega do ponto A ao ponto B a voar. A Boeing é uma das empresas a investir neste segmento.
Embora não se saiba ao certo qual será o preço de um serviço deste estilo, poderá ser a solução ecológica para percorrer curtas distâncias num curto espaço de tempo.
A questão agora será: para quando este serviço? Há empresas que esperam ter já eVTOL a operar em 2025. Mas com muitas delas ainda à espera de conseguir a certificação para as suas aeronaves poderem voar e outras ainda a tentar melhorar as suas propostas de eVTOL, pode não ser assim tão para breve esta realidade.