A mobilidade elétrica está em crescimento, e algumas startups dedicadas ao desenvolvimento de veículos comerciais 100% elétricos estão a gastar muito dinheiro para apresentar furgões e camiões que apelem ao público. O objetivo é conseguir conquistar o mercado antes de marcas já com renome, como a Ford ou a GM, ao mesmo tempo que almejam chegar ao nível de sucesso da Tesla e de Elon Musk.
Recentemente, empresas como a Arrival, a Canoo ou a REE Automotive passaram a ser cotadas em bolsa de forma a angariarem milhões para impulsionar a criação de veículos, algo que, de acordo com a Reuters, pode custar até mil milhões de dólares (mais de 986 milhões de euros).
Nos últimos tempos, os investidores parecem estar a perder a confiança nestes novos construtores, e o mercado não tem facilitado a aquisição de capital. À medida que o tempo passa e os novos modelos comerciais elétricos não chegam às estradas, as ações das startups de elétricos têm tido uma queda galopante, atingindo, em alguns casos, valores 90% abaixo dos de estreia em bolsa.
Para piorar a situação para as startups, marcas como a GM e a Ford estão a apostar em camiões e furgões e empresas como a FedEx e a DHL já estão a encomendar.
A REE Automotive, uma construtora de chassis israelita que está a trabalhar num protótipo de furgão, acredita que neste momento o objetivo principal é disponibilizar os veículos para que os clientes possam começar a tomar a decisão de comprar.
Startups como a Rivian, conhecida pela sua pick-up elétrica, e a Arrival, que desenvolveu um autocarro elétrico e um automóvel pensado para o transporte de passageiros, já anunciaram cortes nos custos de forma a conseguirem manter-se em operações e dar resposta às encomendas que já têm.
A Canoo, por exemplo, que tem um acordo com a NASA para transportar os astronautas da missão Artemis, admitiu em maio não ter garantias para continuar no ativo. Uma encomenda da Walmart de 4,5 mil veículos deu o impulso para continuarem a desenvolver os seus elétricos.
Para muitas destas startups, o objetivo agora é conseguir gerir o capital disponível, de forma a apresentar novos produtos e atrair investidores.