Com as baixas temperaturas que se têm registado tem havido uma maior utilização de lareiras para o aquecimento das casas, o que provocou uma elevada concentração de partículas poluentes na região norte de Portugal continental.
De acordo com a investigação realizada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT NOVA), têm que ser adotadas medidas a curto prazo para que o risco de exposição da sociedade aos poluentes diminua.
Nos dias em que se procedeu à avaliação da qualidade do ar, entre 30 de janeiro e 5 de fevereiro último, as partículas poluentes acumuladas eram elevadas e chegaram a registar valores acima do limite legislado. As condições meteorológicas contribuíram para a acumulação de poluentes atmosféricos na superfície, o que provocou uma degradação da qualidade do ar.
A justificação para que o estudo da FCT NOVA se tenha focado na região Norte é o facto de esta ser uma zona onde o frio é mais intenso, o que leva ao uso mais frequente de lareiras.
Francisco Ferreira, professor do departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente desta faculdade, explicou que as partículas poluentes têm graves consequências para a saúde pública. O também presidente da associação ambientalista Zero menciona ainda que quanto mais pequenas forem as partículas mais gravosas são as suas consequências.
Por ano, em todo o mundo, há sete milhões de mortes prematuras provocadas pela má qualidade do ar interior e exterior. As partículas têm características que interferem com o sistema respiratório e cardiovascular dos humanos, destacou Francisco Ferreira.
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É esperado que nos próximos dias haja uma melhoria da qualidade do ar com a ocorrência de precipitação, segundo as conclusões do estudo.