A sexta geração do Honda CR-V chega a Portugal completamente eletrificada contando com uma versão híbrida (e:HEV) e uma versão plug-in hybrid (e:PHEV).
A chegada do SUV Honda CR-V, um dos modelos da marca com maior sucesso no mercado internacional, traz um novo topo de gama na qualidade do e:PHEV, um inédito plug-in híbrido que proporciona uma autonomia de condução em modo isento de emissões de CO2, totalmente elétrico, até 82 quilómetros.
A convite do importador da Honda (Sôzô Portugal), participamos na apresentação europeia do novo modelo que decorreu na fantástica envolvente da zona do Porto e tivemos oportunidade de conduzir ambos os modelos que chegam a Portugal por estes dias (primeiro o PHEV e em janeiro o HEV).
Quem está familiarizado com a silhueta do Honda CR-V pode conseguir encontrar os genes de família nesta sexta geração, mas a verdade é que o modelo é bem maior, tendo crescido 10,6 centimetros. O desenho do novo CR-V é mais moderno e tem um certo toque de agressivo (ou desportivo) na dianteira com maior abertura e grelha estilizada em função da versão.
Uma vez mais é na traseira que os fãs da marca japonesa identificam também de imediato os sinais familiares com os faróis traseiros, a luz de travagem em posição vertical e indicadores de mudança de direção a assegurarem uma assinatura luminosa mais distinta.
O interior do novo SUV Honda CR-V na versão 2024
Com um teto panorâmico de meter respeito, agradáveis estofos em pele e um vidro dianteiro que permite uma visão panorâmica, o momento antes de carregar no Start é um pouco mais demorado. Nota interessante para os bancos traseiros reclináveis e deslizantes (avançam até 190 mm) que permitem auferir de uma capacidade de bagageira até aos 617 litros no e:PHEV.
O novo Honda CRV vem equipado com o Honda Sensing 360, que é a forma comercial que a marca encontrou para assegurar a presença de avançados sistemas de segurança, como a assistência ao condutor com câmara de 360 graus, que elimina os ângulos mortos e diminui o risco de colisão, entre outros.
A ampla visão torna a experiência de condução bem agradável, oferecendo a marca japonesa um painel de instrumentos com ecrã central de 10,2 polegadas e um tátil de 9 polegadas, inteiramente digital, com navegação e múltiplas conectividade. Já agora nota positiva também para a presença de um interessante sistema de som Bose Premium com 12 colunas.
Novo Honda CR-V Plug-in Hybrid em condução
A escolha de um contacto mais demorado primeiro com o Honda CR-V e:PHEV é fácil de perceber já que esta é a maior novidade da sexta-geração.
Para equipar este modelo a marca inclui um motor 2 litros a gasolina (109 kW/183 Nm) que funciona em conjunto com um motor elétrico (135 kW/335 Nm). O conjunto proporciona 152 kW de potência (204 cavalos).
A bateria de iões de lítio tem 17,7 kWh de capacidade e a Honda anuncia 82 km de autonomia e um tempo de carregamento de apenas 2h30 (permite carregamento a 6,8 kW).
Ao dispor temos quatro modos de condução (Eco, Normal, Sport e Snow) e cinco modos de propulsão (elétrico, híbrido, auto, save e charge).
Prontos? O arranque é sempre em modo elétrico, mas depois tudo depende das escolhas (ou da carga da bateria). Em modo elétrico a suavidade é evidente e na verdade a entrada em funcionamento do motor de combustão acaba por não ser demasiado intrusiva.
O novo SUV da Honda é um carro com quase 2 toneladas. Dito isto não pode ser comparado com o eminente desportivo Civic, mas a verdade é que este modelo segura-se bastante bem nas curvas e confere confiança, mercê de um excelente acerto da suspensão.
Confessamos que a nossa preocupação se centrou mais na perspetiva da regeneração. Um modelo plug-in hybrid para poder ser mais amigo do ambiente obriga-nos a manter a circulação dentro da faixa elétrica de funcionamento. Neste caso, mesmo utilizando as patilhas no volante para aumentar a regeneração vinda da cinética e travagem a verdade é que não foi muito fácil aumentar a autonomia. Mas o entusiasmo de percursos em estrada nacional não costuma ser muito amigo disso mesmo. Talvez em cidade.
Um percurso total que pouco passou dos 200 quilómetros acaba por saber a pouco, mas é o suficiente para tirar algumas conclusões positivas.
A marca anuncia um consumo combinado de 0,8 l/100 km e emissões de 18 g/km de CO2. No nosso teste, feitas algumas contas talvez tivéssemos chegado aos 1,7 l/100 km de consumo. Bom? Excelente, mas é preciso contar com uns bons 75 km em modo elétrico e para isso, é preciso cuidado com o entusiasmo em curva.
Os dois maiores óbices ao sucesso dos PHEV são o preço e o tempo de carregamento. Apesar não termos testado, as 2h30 para ter carga inteiramente completa no CR-V são um bom valor e podem fazer a diferença no dia a dia.
Quando ao preço, são 61.500 euros, e aqui o problema nem é todo da Honda, é mesmo do Medina e dos nossos ordenados.