Tendo como mote o Dia Mundial da Árvore, que se celebrou no dia 21 de março, a Câmara Municipal de Lisboa emitiu um despacho sobre a gestão de arvoredo na capital portuguesa, passando agora a ser obrigatório fazer a reposição de exemplares que sejam abatidos. Desta forma, espera-se aumentar o património arbóreo da cidade.
O novo despacho, criado no âmbito do Regulamento Municipal de Arvoredo de Lisboa, tem por base a importância das árvores para a cidade de Lisboa, não só pelo seu elemento paisagístico, mas também pela sua relevância para a qualidade do ar, para a gestão climática e combate às alterações climáticas e para o bem-estar e saúde da população.
Ao todo foram apresentadas quatro novas medidas sendo que a mais chamativa é a que dita que por cada árvore ou arbusto que tiver que ser abatida, devem ser plantados dois. De acordo com o documento oficial, um dos novos exemplares tem de ser obrigatoriamente plantado na envolvente do local de onde foi retirada a outra espécie.
Quando forem plantados novos exemplares, os serviços promotores têm de apresentar à Câmara a proposta de espécies que vão plantar, fundamentando a escolha, para que haja uma aprovação prévia. Nestes casos, o objetivo é dar prioridade a espécies resistentes às novas condições climáticas resultantes do aquecimento global.
No caso das replantações, agora é obrigatório que as árvores sejam transplantas para uma zona o mais próximo possível do local onde ocorreu a intervenção.
Ficou também previsto no despacho que passa a ser necessário “georreferenciação da proposta de localização das árvores e/ou arbustos a ser transplantadas ou a plantar, no caso de novos exemplares”. No caso de repovoamento de espécie de porte florestal, é essencial indicar a “mancha georreferenciada da plantação a realizar, assim como as espécies e quantidades propostas”.
(Fotos: E. Masur, I. Galvez, P. Resende e Freguesia da Estrela/Unsplash)