Não é um tema de agora. A diminuição alarmante dos números de abelhas e outros insetos polinizadores tem despertado preocupação pelo impacto que pode ter na agricultura e na natureza. Para diminuir o problema, a União Europeia (EU) prepara-se para desenvolver o que chama de Buzz Lines, linhas de circulação para estes insetos se movimentarem na Europa e encontrarem abrigo e alimento.
O plano irá prolongar-se até 2030 e engloba os 27 estados-membros. Tem dois grandes objetivos: aumentar a monitorização dos insetos polinizadores, essenciais para o crescimento de agriculturas e flores selvagens, e apoiar a sua recuperação, invertendo o declínio nos números.
É uma revisão de uma iniciativa lançada em 2018 para alertar as populações para o desaparecimento de polinizadores, como abelhas, vespas, borboletas, formigas e mosquitos.
Câmara de Ílhavo para de cortar vegetação para proteger insetos polinizadores
Numa próxima fase, o plano terá de ser apoiado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho que representa os governos da UE. A partir daí, os estados-membros terão de apresentar medidas que possam contrariar a tendência de diminuição do número de polinizadores até 2030.
Entre as medidas já recomendadas pela Comissão Europeia para aumentar os números de abelhas e outros insetos está a diminuição do uso de pesticidas assim como o desenvolvimento de habitats para polinizadores entre zonas agrícolas e urbanas.
Atualmente, uma em cada dez espécies de abelhas e borboletas encontra-se em risco de extinção.
A diminuição dos números dos insetos polinizadores deve-se a variados fatores, entre eles a agricultura extensiva com recurso a pesticidas, a poluição, o surgimento de espécies invasoras e mesmo as alterações climáticas.
A Comissão irá começar a monitorizar as autorizações de emergência para uso de determinados pesticidas mais prejudiciais e proibir o seu uso em alguns casos.