Entre janeiro e fevereiro, deflagraram mais de 1741 incêndios que consumiram 7068 hectares. Este é o valor mais alto desde 2012.
De acordo com dados disponíveis no site do Instituto Da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), estes incêndios consumiram na sua grande maioria mato (81%), mas também povoamentos florestais e terrenos agrícolas.
Grande parte dos fogos ocorreram durante o mês de janeiro.
Analisando os dados disponíveis desde 2001, a Lusa refere que os valores de 2022 são os segundos mais altos. Em janeiro e fevereiro de 2012, um ano também marcado pela seca, ocorreram quatro mil incêndios que foram responsáveis por mais de 12 mil hectares de área ardida.
Em declarações à Lusa, Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil, associa o número elevado de incêndios ao período de seca por que estamos a passar.
“Sempre que houve períodos de seca severa como o que estamos a viver, esses períodos do ano foram sempre problemáticos”, refere, acrescentado que prevê que 2022 seja “um ano muito perigoso” de incêndios.
Por essa razão, Duarte Caldeira, que é também membro do observatório criado pela Assembleia da República para analisar incêndios florestais, acredita que é importante ter os meios de combate a incêndios disponíveis o ano todo e não associar os reforços simplesmente à época do ano, como tem acontecido até agora.
(Fotos: K. Winegeart, J. Francis e M. Howard/Unsplash)