A necessidade proteger a vida marinha, espécies vulneráveis e um habitat único onde se incluem colónias de pinguins imperador, focas e zona de nidificação de algumas espécies de baleias, levou o governo australiano a estender a área protegida junto à ilha Macquarie para uma extensão de quase 400 mil quilómetros quadrados.
A ilha Macquarie, localizada na sub-antártida, zona da Tasmânia, gerida pela Austrália, é uma importante reserva declarada Parque Natural Marinho em 1999 que vai agora ficar com o triplo da área protegida.
O plano do governo australiano é aumentar a proteção deste lar de pinguins e focas, para 388 mil quilómetros, uma área superior por exemplo à Alemanha.
A proposta inclui uma nova área de alta proteção, reafirmando o compromisso do governo local na proteção de 30% da terra e oceanos até 2030, ao mesmo tempo que tem regras para incentivar a pesca sustentável.
Este compromisso teve aliás ainda recentemente mais uma afirmação com a negação de exploração em zonas de coral.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) aplaudiu a proposta, defendendo que vai proteger espécies marinhas ameaçadas, como as baleias, e ajudar a combater a crise climática.
No entanto, a líder nacional da indústria de produtos do mar, Veronica Papacosta, disse à emissora pública ABC, citada pela agência Lusa, que a proposta deixa de lado a indústria pesqueira para servir os interesses ambientais.
Se for implementado o plano de proteção, que abrange toda a zona económica exclusiva da ilha Macquarie, a Austrália teria mais de 48% do território marítimo protegido e excederia um dos seus compromissos ambientais, de acordo com o Governo.