Sustentabilidade

Gelo na Gronelândia e Antártida está a derreter a ritmo alarmante

Estudo mostra que nos últimos 30 anos Antártida e Gronelândia perderam 7,56 biliões de toneladas de gelo
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O gelo polar na Gronelândia e na Antártida está a derreter cada vez mais depressa. As perdas neste momento são três vezes superiores ao que eram há 30 anos e esta aceleração é causada pelas alterações climáticas.

Esta informação foi divulgada num novo relatório divulgado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que alertou também que, entre 1992 e 2020, a ilha da Gronelândia, uma região autónoma dinamarquesa, e a Antártida perderam 7,56 biliões de toneladas de gelo, quantidade suficiente para cobrir França com 15 metros de água.

Esta perda de gelo polar é responsável por um quarto do aumento do nível do mar, ou seja, fez com que o nível global subisse em 2,1 centímetros desde 1992.

Gronelândia - AWAY
Gronelândia (foto: Felip Gielda/Visit Greenland/Unsplash)

De acordo com o relatório, entre 1992 e 1996, o degelo polar na Antártida e na Gronelândia, que têm 99% do gelo de água doce do mundo, era de 105 mil milhões de toneladas por ano, sendo que dois terços do gelo que derreteu era da Antártida.

De 2017 a 2020, a situação estava diferente e não para melhor. Todos os anos, derreteram cerca de 371 mil milhões de toneladas de gelo, mais de dois terços proveniente da Gronelândia.

Se a perda de gelo polar continuar a este ritmo, o nível médio global do mar poderá subir 14,8 a 27,2 centímetros até ao fim do século, de acordo com as previsões do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, citadas pela Lusa.

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