O desperdício de água é um problema a nível mundial e em Portugal não é diferente. Ainda assim, há zonas do país onde o desperdício é maior. Um novo relatório publicado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) alerta perto de um terço da água que entra nas redes de abastecimento portuguesa é desperdiçada com roturas, avarias e desvios. E há concelhos onde a percentagem é ainda maior.
Um dos indicadores analisados no relatório da ERSAR, que apresenta dados de 2022, é o “Água Não Faturada”, que mede perdas na rede por concelho e entidade gestora de água.
Entre os concelhos onde se verificou maiores perdas está Vila Nova de Cerveira, que com a Câmara Municipal teve perdas de 84,6% e com a Águas do Alto Minho de 39,2%; Tabuaço com perdas de 72,9%; Sabugal e Vimioso, ambos com perdas de 70,2%.
Por outro lado, os concelhos onde se verificou menor perdas de água foi em Santo Tirso e Trofa (com 8,8%), Vila do Conde (9,3%) e Matosinhos (10,8%), todos com gestão do abastecimento feita pelo Grupo Indaqua, refere a empresa em comunicado.
Loulé também apresenta perdas baixas com três gestores: Infralobo (6,7%), Inframoura (7,0%) e Infraquinta (2,8%). Com a Câmara, a perda já é de 33%.
De acordo com o relatório, que analisou um total de 219 entidades, 39 têm desperdício superior a 50% e 15 onde não há medição.
O relatório salientou ainda que a média nacional do indicador “Água Não Faturada” está em 27,1%, um valor que pouco mudou desde 2017 (apenas menos 3% do que há cinco anos).