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Algarve aumenta preço da água para tentar controlar consumo

Aumento será aplicado ao consumo não doméstico e e a partir do segundo escalão no consumo doméstico
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Torneira com água potável (foto: Cottonbro Studio/Pexels)
Torneira com água potável (foto: Cottonbro Studio/Pexels)

Torneira com água potável (foto: Cottonbro Studio/Pexels)

A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) decidiu aumentar entre 15 a 50% o preço da água para consumo urbano no Algarve, medida a aplicar a partir do segundo escalão de consumo.

Os aumentos dos vários escalões de consumo aplicados de forma diferenciada a partir de março resultam de um “instrumento proposto” pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), disse aos jornalistas o presidente da AMAL, António Pina, no final de uma reunião daquela entidade.

O presidente da associação que integra os 16 municípios algarvios detalhou que o primeiro escalão não terá qualquer aumento, sendo aplicado um aumento de 15% ao segundo escalão, “ou seja, um aumento igual ao que se pede para poupar no consumo”. No terceiro, o aumento é de 30% e de 50% no quarto e último escalão.

Consumo de água - AWAY
Aumento do preço só se aplica a partir do segundo escalão no consumo doméstico (foto: A. Siimon/ Unsplash)

Ao consumo não doméstico - hotelaria, comércio e indústria - vai ser aplicado um aumento de 15%.

Segundo António Pina, a medida decidida pela AMAL “é um instrumento de sensibilização adicional”, para penalizar quem consume mais água.

“Apesar de todas as outras formas de comunicação que têm vindo a ser utilizadas, o consumo urbano no primeiro mês deste ano continua a aumentar em relação ao mês homologo do ano anterior”, apontou.

Seca  no Algarve - AWAY
Medida pretende sensibilizar para seca no Algarve (foto:  Luís Forra/Lusa)

O também presidente da Câmara de Olhão lamentou que as pessoas ainda “não estejam consciencializadas e a contribuir” para a redução do consumo de água, num momento em que é preciso o esforço de todos para enfrentar a escassez hídrica no Algarve.

“Claro que nem todos [os municípios] concordam, porque alguns já têm níveis de eficiência superiores”, notou o autarca.

Contudo, adiantou, todos perceberam que perante esta incapacidade em se poupar água, “é de facto preciso chocar de alguma maneira”. “Este é um dos instrumentos que estão disponíveis, mas em breve virão outros”, avisou.

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