Mobilidade

Venda de elétricos na China em 2021 superior a vendas globais em 2020

Mercados da China e da Europa mostram que há cada vez mais pessoas dispostas a trocar as bombas de gasolina pelos carregadores elétricos
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Elétrico Zeekr 001
Elétrico Zeekr 001

Os veículos elétricos (VE) parece que vieram para ficar. Se quando começaram a surgir, geravam alguma dúvida, com o desenvolvimento das baterias de iões de lítio e com a aposta de praticamente todas as marcas na mobilidade elétrica, há cada vez mais procura por estes automóveis que não usam os combustíveis tradicionais.

Foi nesta última década que se viu a maior evolução na procura por VE. Se olharmos para as vendas em 2012, apenas 130 mil unidades de elétricos foram vendidas. Agora, há cerca de 16 milhões de automóveis movidos a eletricidade nas estradas.

Marca chinesa Byd

Esta tendência tem vindo a ser analisada pela Bankless Times, o site de notícias focado em finanças e negócios. Numa projeção, verificou-se que, em 2021, a nível global, saíram das fábricas 6,6 milhões de elétricos, o que representa algo como 9% das vendas totais nesse ano.

Por cada 100 veículos vendidos o ano passado, 9 eram elétricos.

Esta tendência de crescimento tem dominado vários países do mundo, em parte porque há cada vez mais oferta de automóveis elétricos, e também porque tem havido uma crescente preocupação com o ambiente e com cumprir as metas de descarbonização.

A China e os veículos elétricos

Apesar da venda de veículos elétricos ter vindo a aumentar um pouco por todo o mundo, sendo que em 2021 saíram para as estradas o dobro de elétricos de 2020 e o triplo de 2019, há mercados onde a aceitação por esta mobilidade mais sustentável é maior.

Alguns países na Europa, como a Suécia ou a Noruega têm apostado na transição. Ainda assim, é na China que mais elétricos saem para a estrada.

Só em 2021, foram vendidos 3,4 milhões de VE, um número só por si imponente já que foi superior às vendas totais de automóveis no mundo em 2020.

Comparando as vendas de VE na China de 2020 para 2021, o número triplicou.

Nio ET5

Mas, porque é que isto aconteceu? De acordo com a Bankless Times, uma das razões foi o subsídio dado para o setor. Em 2021, o valor era substancialmente superior ao de 2022 o que pode ter levado muita gente que estava a adiar a compra, a decidir-se por avançar.

Outra razão, é que há cada vez mais marcas chinesas a produzir veículos elétricos, muitos deles com preços bastante atrativos.

E no resto do mundo?

O segundo mercado de VE mais significativo é o da Europa e acredita-se que isto seja em parte por causa dos limites de emissões que muitas regiões têm adotado. Apesar de haver países em que a aceitação é maior do que noutros, em 2021, foram vendidos 2,3 milhões de automóveis elétricos.

Em dezembro de 2021, os veículos elétricos representaram 21% do mercado o que fez com que houvesse mais vendas de veículos com esta motorização do que automóvel Diesel.

Nos Estados Unidos, a aceitação não tem sido tão flagrante. O crescimento está lá e, em 2021, foram vendidos o dobro dos automóveis elétricos de 2019, com 500 mil unidades a saírem para as ruas.

Tesla Model 3

Neste país, quem domina o mercado é a Tesla, uma empresa americana, que controla mais de 50% das vendas de VE.

Balanço mundial

Sim, tem havido um crescimento substancial no número de veículos elétricos que têm sido comprados. Ainda assim, se olharmos para os números de um ponto de vista global, a venda de elétricos está ainda muito aquém, com apenas 2% do mercado.

Preços mais elevados para este tipo de motorização e o facto de haver muitas zonas em que não há infraestruturas de carregamento leva a que muitas pessoas ainda optem por um motor de combustão interna na hora de trocar de carro.

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